quarta-feira, 8 de junho de 2011


Despertei no meio da noite
Percebi que algo eu ouvia
Senti-me um pouco assustada
E assim fui ver o que havia.

Com surpresa, nada encontrei
Mas ouvia alguém a chamar
Era uma voz meio embargada
Um lamento, ou um sussurrar.

Cheguei defronte a janela
Vi luzes na cidade, acesas
Procurei não olhar o relógio
P’ra não ter, outras surpresas.

As ruas estavam desertas
Creio que o povo dormia
Tornando a noite mais longa
A impedir á chegada do dia.

Voltei para a cama e falei...
Não posso, e não devo pensar
Creio ter a mente confusa
Não há, como eu explicar.

O vento soprava de leve
Exalando o aroma do mar
E dentro o silêncio da noite
Eu ouvia, a voz á chamar.

Decidida então respondi
Aquela voz penetrante
Logo um gemido, eu ouvi
Pareceu-me estar já distante.

Voltei a olhar da janela
Em direção para o mar
Um grande pássaro voava
Com as asas, pôs-se a acenar.

Segui, com o olhar o seu vôo
Quem sabe, onde iria pousar
Levava consigo a esperança
E atirou-a, ás ondas do mar.

O dia já estava a chegar
Nublado, pois o sol se escondia
Cobrindo de frio o meu corpo
E a voz, eu não mais ouvia.

Deixou-me a mente confusa...
E a alma triste e vazia!

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