Sabe,
eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas
aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era
apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu
conseguiria ver em você todas as coisas que me fascinavam e que no fundo,
sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só
conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver.
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