segunda-feira, 7 de janeiro de 2013


Um amor nunca vem de graça. Não é que nem em filme que o destino se encarrega de fazer todo o serviço e os protagonistas sofrem um pouquinho e depois fica tudo bem. Na vida mesmo, aquela que a gente leva porrada e no fim não fica nada bem é um abismo de diferença. Aquelas cenas de olhares que ficam em câmera lenta só acontece nos filmes de romance clichê, porque na vida real tu vira a cara. Experimente olhar nos olhos de quem você ama por um minuto enquanto ele te olha também, só experimenta. Você vai virar o rosto e desviar o olhar com medo que ele veja tudo oque você sente. O amor mesmo, aquele que te deixa até tonta vai vir, mas não de graça, a vida não vai embrulhar como presente e te estregar na sua porta, mas isso você já sabe. Oque eu quero dizer é que antes do absurdo do amor acontecer vai ter noites mal dormidas e você se perguntando ”porque ele quer qualquer vadia e não a mim?”. É, acontece. Vai ter você deitada com a cabeça no travesseiro chorando toda a cota de lagrimas possível e ainda se sentir cheia de mais para parar de chorar. Vai ter você querendo fazer dietas ou querendo ganhar massa só para se sentir melhor e talvez ter alguma chance. Vai ter tudo isso. Vai ter você se olhando no espelho e se achando horrível e pensando que ele merece alguém muito melhor e mais bonita que você. Vai ter crise de ciumes e você vai lembrar que ele nem é seu pra sentir isso, mas ainda vai continuar achando que aquele menina da bunda dura não tem que ficar perto dele. E ainda vai ter aqueles momentos de amo-odeio. Você sabe do que eu tô falando. Amar tanto que chegar até sentir uma raiva, mas não dele e sim do que ele te faz sentir. E você não vai saber se foge ou fica perto, se arrisca ou tenta esquecer. Tudo é mais confuso quando se está vivendo um clichê.

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